UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE
ABERTA DO BRASIL
CENTRO
DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
LICENCIATURA
EM PEDAGOGIA – EAD
RELATÓRIO
DE ESTÁGIO
Sonele
Xavier
Cachoeira
do Sul, 2013
Sonele
Xavier
Relatório
de Conclusão do Estágio de Prática Docente l (Educação Infantil)
Relatório de Prática docente l, apresentado ao curso de
Licenciatura em Pedagogia UFPEL/UAB, como requisito a conclusão do Estágio
Supervisionado de 21/10/2013 a 08/11/2013.
Supervisor
do Estágio CLPD: Lilian Lorenzato
Supervisor
do Estágio Escola: Carla Borges dos Santos
Cachoeira
do Sul, 2013
EQUIPE DOCENTE RESPONSÁVEL:
Professores a Distância: Raquel de Oliveira e Suzana da
Rosa
Professores Presenciais: Edeni Aparecida Leal da Silveira
e Fernanda da Silva Rosa
Professor Formador: Marcia Pereira André
RESUMO
Este relatório tem por
finalidade mostrar algumas etapas importantes que foram observadas no decorrer
o estágio.
PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento do estágio,
Caracterização da escola, Métodos e atividades, Ensino infantil e a Rotina na
educação infantil.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
O
presente relatório tem como objetivo abordar os acontecimentos do estágio em
cumprimento de 80 horas de Estágio em Educação Infantil, realizado na Escola
Municipal de Educação Infantil “Recanto dos Baixinhos” no segundo semestre de
2013.
O
estágio em docência l (Educação Infantil) foi realizado em uma turma de nível B
(pré-B) no turno da manhã, das 07h45min as 11h45min, teve o objetivo de
observar e aplicar os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de
Licenciatura em Pedagogia.
Visa
apresentar a descrição do local onde foi realizado o estágio o período de
duração e o desenvolvimento de uma rotina escolar.
Acrescentei
muito em minha vida as práticas vividas por mim diretamente com os alunos.
Aprendi a cada dia novas formas de ensinar e aprender, sendo um desafio diário.
Segundo
Marx “a vida está cheia de desafios que se aproveitados de forma criativa,
transformam-se em oportunidades”.
DESENVOLVIMENTO
No decorrer do período do
estágio, acompanhei inicialmente as atividades, jogos e brincadeiras
desenvolvidas. As observações foram realizadas para conhecermos os alunos, a
escola, a sala de aula. Para poder fazer uma possível análise da realidade do
aluno. Portanto, a observação envolve a reflexão, a avaliação e o planejamento.
É a partir das observações que vamos ter subsídios para elaborar a construção
do planejamento, refletir sobre o que vimos e planejarmos aquilo que
consideramos uma necessidade da realidade dos alunos.
Segundo
Madalena Freire (1999, p.11), “a observação avalia, diagnostica a zona real do
conhecimento para poder, significativamente, lançar (casando conteúdos da
matéria com os conteúdos do sujeito, da realidade) os desafios da zona proximal
do conhecimento a ser explorado”. Então, observar significa olhar. Estar e
permanecer desperto no entendimento da construção de sujeitos críticos e
pensantes.
Na
integração com a sala onde participei no acompanhamento de participação das
atividades, observei que os alunos não acompanham as aulas por igual, que cada
um tem o seu momento, cada um tem sua dificuldade, uns acompanham mais rápido,
outros tem mais dificuldade. É importante estar atento aos sons da fala, ao
desenvolvimento da coordenação motora e psicomotricidade que deve ser bem
trabalhado na educação infantil.
Podemos
observar que cada dia pode ser imprevisível. Ocorrem problemas, desafios,
dificuldades, mas também é repleto de alegrias e realizações, com as crianças
pela descoberta do saber. Os alunos cantam na sala de aula e nas apresentações
festivas da escola. Tive a oportunidade de assistir a algumas apresentações da
turma e confesso que é algo comovente de se ver.
Segundo
Hoffmann (2005), a postura do professor
frente às alternativas de solução construídas pelo aluno deveria estar
necessariamente comprometida com tal concepção de erro construtivo. Podemos
considerar que o conhecimento produzido pelo educando, em certo momento de sua
experiência de vida é um conhecimento em processo de superação.
Esse período de estar na sala de aula é
muito importante para compreender como agir em um primeiro momento, observando
as vivências dos alunos e a vida cotidiana da sala de aula, com todos os
problemas que surgem.
Conforme Comenius, citado por Kulesza,
Wojciech A. (1992) ao abordar os problemas educacionais do ponto de vista de
uma filosofia de vida total, Comenius mexeu com problemas que estão longe de
estar solucionados, e o modo como ele fez isso é relevante não somente para o
mundo do século dezessete, mas para o mundo de hoje.
A turma é bastante agitada, precisando
estar ocupada o tempo todo com atividades. A professora é muito insistente e
exigente, durante a aula. A escola não tem problemas como violência, raramente
acontece brigas, os profissionais estão sempre atentos a qualquer
desentendimento e já intervém em qualquer situação, não dando chance para que o
problema cresça. Os pais são sempre informados sobre os acontecimentos.
Segundo FREIRE (2000, p.43), uma das
primordiais tarefas da pedagogia crítica radical libertadora é trabalhar a
legitimidade do sonho ético- político da superação da realidade injusta. É
trabalhar a genuinidade dessa força da ideologia fatalista dominante, que
estimula a imobilidade dos oprimidos e sua acomodação à realidade injusta,
necessária ao movimento dos dominadores.
A E.M.E.I Recanto dos Baixinhos está
localizada no bairro Universitário na cidade de Cachoeira do Sul, na Rua
Eduardo Dicklluber nº 200, fone: (51)3723-13-21, e-mail: recantodosbaixinhos@.com.br.
A escola tem como finalidade formar
cidadãos que integrem e contribuam para sua comunidade. Buscando sempre
transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos. Esta escola
apesar de ser pequena é bem conceituada no bairro, os profissionais são
envolvidos e trabalham com o mesmo objetivo. As salas são amplas e bem
arejadas.
1.2. Métodos e Atividades
Por meio da observação do método da
professora, observei a interação dos alunos com a professora, dos alunos entre
si e com o ambiente no cotidiano escolar e o compromisso com a construção do
conhecimento do aluno.
Segundo Comenius no livro A PERSISTÊNCIA
DA UTOPIA EM EDUCAÇÃO, citado por Kulesza, Wojciech A. (1992), o método de
ensino deve adequar-se aos métodos de descoberta, e, portanto a autonomia do
educando, ao contrário do que preconiza a escola ativa.
Comenius já citava no passado a
importância da autonomia do educando, para que aconteça essa evolução é
necessário estarmos atentos ao perfil do aluno de hoje, que está conectado ao
mundo, e o professor tem que acompanhar essa evolução, para caminharmos juntos.
Quanto as atividades são bem
diversificadas, uma vez na semana aprendem as letrinhas do alfabeto, é revisado
durante a semana, os números são revisados todos os dias, os alunos realizam atividades
com recorte e colagem, as crianças
gostam de fazer trabalhos usando tinta guache, giz de cera, usando areia colorida.
Observei que ,na sala de aula, conseguimos
ficar com mais segurança, já que temos aquele certo receio de ficar com uma
turma a primeira vez. Observando o comportamento dos alunos, percebi que tinha
um que não conseguia ficar por muito tempo sentado no lugar, andava o tempo
todo, se enroscando embaixo das carteiras, atrapalhando a aula porque os outros
também ficavam agitados, e acabavam também se levantando do lugar. Mas as
atividades eram todas desenvolvidas, eles sempre participavam de todas. Os
jogos pedagógicos são usados na sala ou no pátio, os brinquedos também. As
brincadeiras são bem divertidas do interesse dos mesmos.
Dentro da importância que se deve ter com
a Educação Infantil, relato aqui esse valoroso trabalho que foi vivenciar esse
contexto. Observei que aprendemos mais com as crianças pequenas do que podemos
ensinar. Na educação infantil a criança aprende ouvindo, imitando, participando
de brincadeiras e jogos que integram músicas, identificando figuras geométricas,
reconhecendo escritas numéricas.
A educação infantil é a primeira etapa da
educação básica, a faixa etária é de zero a seis anos e é oferecida em creches
e pré - escolas. É importante que essa etapa seja tranquila e proveitosa para a
criança, que ela consiga desenvolver-se sem problemas, que o convívio com os
amiguinhos e educadores seja harmonioso, pois é uma fase de desenvolvimento
muito significativa para a vida adulta, qualquer trauma que a criança sofra
nessa idade de até seis anos pode ser marcante, e um acontecimento negativo,
pode causar um grande trauma no futuro.
Nas etapas desse desenvolvimento, a
educação infantil deve cumprir duas funções complementares: cuidar e educar
complementando os cuidados e educação realizados na família. Assim o adulto que
trabalha na creche ou na pré-escola deve ser reconhecido como profissional e a
ele devem ser garantidas condições de trabalho. E sempre procurar por meio de
atividades com música ajudar no desenvolvimento psicomotor.
Freire (2000),diz: “devo assumir tão
criticamente quanto possível sua politicidade, se na verdade, não estou no
mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo.”
1.4. A Rotina na Educação Infantil
A
rotina diária da educação infantil é muito diversificada. Precisamos mudar de
atividades para que eles não se sintam cansados e para chamar a atenção dos
mesmos. Temos que estar atento ao desenvolvimento integral da criança tanto
físico como mental. Estar atento para estar integrado com a família partilhando
os cuidados e responsabilidade em todo o processo de evolução da criança, já
que essa é a fase mais importante. Proporciona à criança estabilidade e
confiança. Dá noções de organização e espaço. No estágio percebi esta
importância, eles são bem organizados, quando chegam no primeiro momento usam
os jogos pedagógicos, brincam e ao sinal da professora todos guardam os jogos
nos seus devidos lugares.
Hoffmann
(2005), diz : O que se pretende para a educação infantil? Proporcionar evolução
tanto mental como intelectual as crianças em um ambiente livre de tensões e
limitações. Educadores disponíveis concretamente para acompanhar e oportunizar
vivências enriquecedoras.
Muito importante é uma roda de conversa na
educação infantil, dá sensação de acolhimento e segurança, e oportunidade das
crianças trocarem idéias e falar sobre suas vivências. Temos que organizar o
espaço para que todos possam falar nessa atividade o professor devem observar
quais são os assuntos de seu interesse e desenvolver atividades que estimulem a
construção do conhecimento.
Conforme o que foi observado nas
atividades vivenciadas na escola, contar histórias é essencial para a
construção do conhecimento, é um momento rico para a alfabetização e enriquecem
o desenvolvimento da leitura e da escrita.
Podemos observar a capacidade de
concentração e interação. É interessante que todos querem falar ao mesmo tempo,
o professor pode aproveitar esses momentos para inserir noções de organização,
como: falar um de cada vez, levantar a mão quando quiser falar, devemos esperar
o colega falar para depois chegar a vez.
A criança não pode se sentir integrado a
uma escola que lhe proporciona uma situação constante de prova, de teste, onde
a tensão se mantém e onde a criança e sua família são pré-julgadas e responsabilizadas
pelo fracasso (... São crianças que não passam numa prova de ritmo e sabem
fazer uma batucada, Que não tem equilíbrio e coordenação motora e andam em
muros e árvores. Que não tem discriminação auditiva e reconhecem cantos de
pássaros). (Macedo, 1988, p. 48-51).
CONCLUSÃO
Fazer
o estágio foi muito gratificante, é uma experiência inesquecível, com certeza
vou levar para a vida toda. Nessa fase acho que ainda está se formando o perfil
de um professor, tão importante quanto à educação infantil é esse processo.
As
situações me proporcionaram visão de como resolver problemas e de como agir em
um ambiente escolar, devemos sempre lembrar que somos educadores e que cada
criança pode estar dependendo de um olhar especial para o seu desenvolvimento,
por isso não devemos perder a calma nunca e sim pensar em estratégias e
alternativas, desenvolver competência para o melhor desempenho do educando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Freire,
Paulo, 1921-1997 Pedagogia da indignação:
cartas pedagógicas e outros escritos / Paulo Freire. – São Paulo: editora
UNESP, 2000.
HOFFMANN,
Jussara Maria Lerch Avaliação: mito e
desafio: uma perspectiva construtivista / Jussara Hoffmann – Porto Alegre:
mediação, 2005,35 ed. Revista. 104p.
Kulesza,
Wojciech A. Comenius: a persistência da
utopia em educação / Wojciech A. Kulesza. Campinas, SP. : Editora da
Unicamp, 1992
(
Coleção Repertórios).
MACEDO,
Lino de. A perspectiva de Jean Piaget.
Idéias n 2. A pré-escola e a criança, hoje, São Paulo/ Secretaria de
Educação, 1988, 47-51.
BRASIL,
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais.Brasilia, MEC/SEF, 1997ª, v.1.Edição, 2001.