UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EAD
ARTIGO SOBRE A EXPERIÊNCIA DOCENTE DE ESTÁGIO
Artigo de Conclusão do Estágio de Prática
docente ll (Anos Inicias-EJA)
Sonele Xavier
Cachoeira do Sul, 2014
ARTIGO SOBRE A EXPERIÊNCIA DOCENTE DE ESTÁGIO
(ANOS INICIAIS-EJA)
Artigo de Prática docente ll, apresentado ao curso de Licenciatura em
Pedagogia UFPEL/UAB.
Supervisor
do Estágio CLPD: Lilian Lorenzato
Supervisor
do Estágio Escola: Maria Gorete Correa Diniz
Cachoeira do Sul, 2014
EQUIPE DOCENTE
RESPONSÁVEL:
Professores a Distância:
Raquel e Suzana
Professores Presenciais:
Edeni Aparecida Leal da Silveira e Fernanda
da Silva Rosa
Professor Formador:
Marcia Berenice Pereira André
Introdução
O presente artigo tem por objetivo apresentar
o acompanhamento da turma de anos iniciais-EJA. Os conhecimentos adquiridos
pela turma, as ações necessárias que garantiram a aprendizagem dos alunos,
diante da realidade dos mesmos.
As situações trazidas pelo professor diante da
aprendizagem e não aprendizagem.
Desenvolvimento
Partindo das observações feitas na turma, o
planejamento foi realizado a partir dos objetivos propostos pela professora
titular.
Baseados nestes objetivos foram realizados
as atividades e os temas dentro da realidade da turma, considerando sempre a
necessidade de cada um.
Considerando as necessidades dos alunos e as
diferenças individuais, foram realizadas algumas atividades extras além das do
planejamento. Para que com isso aqueles mais adiantados nas tarefas não
ficassem sem ter o que fazer.
Enquanto isso aqueles com mais dificuldades,
tinham novas explicações dos conteúdos e tarefas não entendidas.
A alfabetização de adultos deve ser vista analisada e compreendida desta
forma. O analista crítico descobrirá nos métodos e nos textos usados pelos
educadores opções valorativos que revelam uma filosofia do ser humano, bem ou
mal esboçada, coerente ou incoerente, assim como uma opção política, explicita
ou disfarçada. (Paulo Freire)
Exemplos foram usados nas disciplinas, na
matemática quando os alunos realizavam problemas matemáticos e após terminavam
a tarefa é proposto para aqueles que não apresentam dúvidas, cálculos. E quando
era interpretação de textos, “anexo 1”, aqueles que não apresentavam
dificuldades após o término da tarefa é proposto que eles explorassem o texto retirando
do mesmo palavras com as seguintes dificuldades: ss,rr, ch, nh,lh e acentuação
gráfica. Exemplificando outra atividade foi de matemática “anexo15” foi
proposto resolução de cálculos e aqueles que terminavam primeiro eram propostos
à pintura do desenho, tarefa que eles adoravam fazer ali era explorada as
cores.
Todas as situações de aprendizagem e não
aprendizagem decorre de fatores que são; conteúdos a serem trabalhadas durante
o ano letivo, as formas como desenvolver as atividades com os alunos, projetos
desenvolvidos em sala de aula pelos alunos.
No decorrer do estágio as tarefas
desenvolvidas condizerem com a realidade e que motivassem os alunos, que
despertassem o interesse dos mesmos para a aprendizagem, fazendo com que eles
sentissem a necessidade de buscar questionamentos para sanar as dúvidas.
A partir das
evidências de aprendizagem e não aprendizagem, percebendo-se através das
observações, questionamentos no decorrer do estágio, nas atividades
desenvolvidas, a partir desta percepção, começou-se ao início de todas as aulas
reverem com eles com um breve comentário o que tínhamos trabalhado na aula
anterior e com isso já havia uma breve explicação de algumas dificuldades que
surgiam. E assim os alunos já iam assimilando melhor os temas estudados. Um
exemplo foi quando estudou o tema Município, todos se admiraram quando foi
falado que eles moravam em um bairro e não em uma vila como costumam chamar a
sua localização.
Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos
demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo. Aquela
em que os sujeitos do ato de conhecer (educador-educando; educando-educador) se
encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido. Nesta perspectiva,
portanto, os alfabetizando assumem, desde o começo mesmo da ação, o papel de
sujeitos criadores. (Paulo Freire)
A partir das observações feitas na turma, o
conhecimento sobre a realidade da turma beneficiou a aprendizagem, foi possível
desenvolver os conteúdos, dentro das necessidades dos alunos, trabalhando
sempre em torno da realidade. Como era uma turma de EJA noturno não foi
possível utilizar o lúdico com eles, somente o trabalho de educação artística
que foram expostos no mural da escola como incentivo, porque quando eles
olhavam os trabalhos sempre eles procuravam dar o melhor de si nas pinturas e
desenhos.
A escola oferece rede de
apoio, mas a professora titular prefere o trabalho em sala de aula por ser à
noite e ser uma turma de alunos com idade um pouco avançada não tem como sair
para uma quadra de esportes e o labin a noite não funciona por não ter uma
pessoa que possa auxiliar os alunos naquele horário, às vezes a biblioteca
oferece livros para serem feitas leituras em sala de aula, isso auxilia
bastante nas formas de usar corretamente a linguagem.
Enquanto ato de conhecimento, a alfabetização, que leva a sério o
problema da linguagem, deve ter como objeto também a ser desvelado às relações
dos seres humanos com o seu mundo. Aprender a ler e escrever se faz assim uma
oportunidade para que mulheres o homens percebam o que realmente significa
dizer a palavra: um comportamento humano que envolve ação e reflexão. Dizer a
palavra, em um sentido verdadeiro é o direito de expressar-se e expressar o
mundo, de criar e recriar, de decidir, de optar. (Paulo Freire).
CONCLUSÃO
Ao terminar a prática
docente ll e o presente artigo, concluí que as situações me
proporcionaram visão de como resolver problemas e de como agir em um ambiente
escolar, devemos sempre lembrar que somos educadores e que cada aluno pode
estar dependendo de um olhar especial para o seu desenvolvimento, por isso não
devemos perder a calma nunca e sim pensar em estratégias e alternativas,
desenvolver competência para o melhor desempenho do educando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
Freire, Paulo, 2010 Ação Cultural Para A Liberdade e
outros escritores / Paulo Freire. – São Paulo: editora Paz e Terra.
Freire, Paulo, 1979 Educação e Mudança tradução de Moacir
Gadotti e Lillian Lopes Martin. – Rio de janeiro: editora Paz e Terra.
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